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Proteja seu cão do estresse dos fogos do final de ano


iG Paulista - 17/12/2014 - 08h17 | 
Raquel Valli | raquel.valli@rac.com.br
A jornalista Julia Teixeira, tutora da yorkshire Lara (foto abaixo), de 6 anos, já se preveniu e identificou o animal
Foto: Arquivo da família
A tutora Julia Teixeira, da yorkshire Lara, de 6 anos, já se preveniu e identificou o animal
Com o final de ano, a quantidade de fogos de artifício aumenta e, com ela, o pânico para cães sensíveis ao ruído. “Alguns ficam apenas trêmulos e procuram esconder-se. Outros ficam extremamente desesperados, latindo e andando sem parar, tentam passar por janelas e portas de vidro e acabam se ferindo. Em casos extremos e, principalmente, os cães portadores de doenças pré-existentes podem ter convulsões e fadiga cardiorrespiratória, colocando em risco a vida do animal”, explica a médica intensivista e odontologista-veterinária Gislaine Nonino Rosa, da clínica NovaVet.

A médica-veterinária Gislaine Nonino Rosa, da Nova Vet E o que fazer nessas horas em que os bichos se apavoram? “O tutor deve, em primeiro lugar, manter-se calmo, e assim procurar transferir tranquilidade e segurança para o pet. Acolhê-lo no colo, caso ele aceite, ou fechá-lo em um local onde o som esteja o mais abafado possível e não haja objetos ou móveis que possam causar acidentes”, orienta Gislaine (foto ao lado).

De mesma opinião é o
médico-veterinário Luiz Carlos Nunes Arruda Júnior, da Vet em Casa, que sugere ainda que os animais sempre estejam identificados, porque assim, em caso de fuga, poderão ser encontrados. “Pode ser até um esparadrapo”, brinca, “mas o importante é que tenha o nome do animal e um telefone”.

A protetora Isabella Bittencourt, daONG Focinho Abandonado, também sugere a identificação. "Podemos dizer que no final do ano, na época das festas, os pedidos de ajuda para encontrar focinhos aumentam cerca de 20%. Por isso é muito importante o pet estar identificado”.

A tutora Julia Teixeira, da yorkshire Lara (foto abaixo), de 6 anos, já se preveniu.
 
Lara
"A Lara passou a usar placa de identificação faz dois meses. Antes eu achava que por morar em apartamento não corria o risco de ela fugir, mas depois que soube de histórias de cães que escapam da coleira durante o passeio, fiquei bem preocupada. Comprei uma placa e uma coleira para colocá-la e agora não tiro para nada. Sempre quando vai tomar banho vai com placa e volta de placa. Gravei o nome dela e meu celular, para caso alguém a encontre possa chamá-la pelo nome e me ligar dizendo que a encontrou". 
Outra dica, dada pela 
médica-veterinária Andressa Felisbino, da rede de farmácias de manipulaçãoDrogaVet é acomodar o pet em uma caixa de transporte, e, “para que o animal fique mais confortável com a situação é aconselhável que ela já tenha sido usada pelo bichinho, que assim a reconhecerá o local como um ambiente familiar e seguro”. Essa técnica é indicada, sobretudo, para pets que costumam fazer escalada para esconder-se, subindo em móveis e até pelas paredes para tentar fugir.

O que não fazer

“Os tutores não devem nunca elevar o tom de voz com o cão e/ou mostrar descontrole. O cão não deve ser amarrado em hipótese alguma e também não deve receber nenhuma medicação sem orientação profissional. Não deve ser deixado em casa sozinho em dias de comemorações com fogos e rojões. E, sempre que possível, essas ocasiões devem ser planejadas", ensina Gislaine.

Correntes nunca, reforça a médica-veterinária Andressa Felisbino, da rede de farmácias de manipulação DrogaVet. “Nos episódios mais sérios, alguns podem, inclusive, entrar em convulsão ou se enforcar na própria coleira, quando não conseguem rompê-la para tentar fugir do barulho”.

Isso porque “os cães escutam ruídos até quatro vezes mais distantes do que os humanos. A audição deles é muito aguçada e os barulhos intensos costumam causar um grande sofrimento, o que pode acarretar em estresse", explica Alessandra. 

fogos de artifício O médico-veterinário Arruda Júnior já chegou a atender um cãozinho que ficou com a pata dianteira presa em uma lança ao tentar pular da grade devido a rojões. “Ficou pendurado pelo pulso e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, que cerrou (a haste)”. A lança foi removida em cirurgia e pet voltou a andar depois de dois meses. “Teve muita sorte porque a lança poderia ter enroscado na barriga ou no pescoço”.

Já um pastor-alemão, também atendido por Arruda, estourou uma porta de vidro, em Sumaré. “Por isso, eu sou contra. Fogos deveriam ser proibidos. Esse é o tipo de coisa que não tem mais graça”, diz. “Dá perfeitamente para fazer uma festa sem esse tipo de perigo. Isso sem falar nas pessoas que são mutiladas”.

Em relação aos sedativos, Arruda também é desfavorável. “Só com muita ressalva, mas o melhor é não usar”. O veterinário, cita, por exemplo, as contraindicações em caso de pets cardíacos, nos que têm sensibilidade a esse tipo de medicamento, e, ainda, em relação à superdosagem. “O medo dos cachorros é tão grande que eles não conseguem dormir. Ficam tontos e lutando contra a sedação. E, em uma dessas, podem sofrer acidentes, como cair em uma piscina, por exemplo”.

A pitbull Kira, que levou um tiro na cabeça A pit bull Kira, de 14 anos, já levou um tiro na cabeça (foto) ao defender e salvar a família do tutor Johnny Inselsperger, de uma tentativa de roubo em Barão Geraldo. O animal, entretanto, tem pavor de fogos, e a família não viaja no Ano-Novo só para não deixá-la sozinha.

Inselsperger já tentou dar-lhe calmantes, mas isso “estragou a festa. Passei o Révellion abraçado com ela, chorando. Ela ficou lesada, babando, desnorteada”, relembra. Hoje, ele a coloca dentro de casa, no quarto, “e se ela quiser ficar embaixo da cama, fica embaixo da cama”.

No jogo entre Brasil e Chile, na Copa de 2010, Kira entrou em desespero. Sozinha, tentou arrombar a porta. Saltou cerca de dois metros de altura, e na aterrissagem, rompeu o ligamento de uma das patas traseiras. Além de todos os custos financeiros, “pior ainda foi o transtorno”, conta Inselsperger.

Uma alternativa aos alopáticos indicada pela médica-veterinária Andressa, da DrogaVet, é o uso de florais, que quando receitados por um veterinário podem ajudam a acalmar o animal.